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Diocese de Umuarama participa de encontro de comunidades atingidas por mineração em Açailândia, MA

Diocese de Umuarama participa de encontro de comunidades atingidas por mineração em Açailândia, MA

No dia 09 de novembro teve início o grande encontro de Comunidades Atingidas por Mineração em diálogo com a Igreja

Foto da Catedral

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No dia 09 de novembro teve início o grande encontro de Comunidades Atingidas por Mineração em diálogo com a Igreja no Norte e Nordeste. O evento ocorre no salão da paróquia de Santa Luzia, no bairro Piquiá, na cidade de Açailândia (MA) e conta com participação de aproximadamente 60 membros de comunidades atingidas por mineração, líderes de pastoral que acompanham essas comunidades, religiosas/os, padres e bispos.

A Diocese de Umuarama participa deste importante encontro com  a presença de Reginaldo Urbano Argentino, assessor diocesano para assuntos socioambientais  e representante do Bispo Dom Frei João Mamede Filho, OFM Conv.

O encontro é realizado pelo Grupo de Trabalho sobre Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a rede Iglesias y Minería e a rede Justiça nos Trilhos, com apoio da 350.org Brasil e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS). Serão três dias de atividades reunindo pessoas das dioceses maranhenses de Imperatriz, Zé Doca, Coroatá, Caxias, Bacabal, Balas, Viana e Grajaú, as dioceses de Floriano e Picos, do estado do Piauí e a diocese de Marabá, do estado do Pará. Representantes de organizações sociais também foram convidadas.

O encontro também conta com a participação do bispo de Caxias, Dom Sebastião Lima, o bispo de Floriano, Dom Edivalter Andrade, o bispo de Tocantinópolis, Dom Giovane Pereira de Melo, o bispo de Imperatriz, Dom Vilson Basso,  o assessor das Pastorais Sociais da CNBB, Frei Olavio Dotto,  o assessor do GT Mineração da CNBB Reginaldo Urbano, a secretária executiva do Regional Nordeste 5, Martha Bispo, com representante do Conselho Indigenista Missionário (CIME) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Os participantes contam com hospedagem solidárias nas casas de famílias do bairro. Essa é uma das formas de promover um intercâmbio entre a comunidade de Piquiá e os demais que chegam de outras localidades, estimulando as trocas de saberes. A solidariedade das famílias ao receberem os participantes demonstra o espírito de fraternidade e partilha buscado nesse encontro, que tem como objetivo “aproximar e sensibilizar” ainda mais a igreja católica à temática da mineração e os impactos negativos desse setor na vida das comunidades onde a igreja está inserida.

O encontro oferece momentos de estudo da encíclica Laudato Si’, de Papa Francisco, e da carta pastoral da Conferência Episcopal Latinoamericana, “Discípulos missionários custódios da Casa Comum”.

Dentro da programação está prevista uma visita à comunidade de Piquiá de Baixo, conhecida internacionalmente por sua luta contra a poluição gerada pelo polo siderúrgico e para reassentar as famílias do bairro longe das mazelas provocadas por esse setor. Para os organizadores, essa visita é importante, devido à simbologia que representa a luta de Piquiá de Baixo, que, para muitos, é um sinal claro de esperança e resistência ao modelo de desenvolvimento que viola direitos e a vida.

Durante todo encontro haverá espaços para que os participantes também relatem como é a realidade de suas comunidades, promovendo uma troca de experiências e fortalecimento de laços entre pessoas que passam por situações de violações de direitos semelhantes. Cada diocese irá expor e partilhar símbolos, materiais impressos e vídeos, que retratam os modos de vida e conflitos enfrentados em cada localidade.

Para os missionários da paróquia de Santa Luzia, que recebe o encontro e tem na sua história um forte envolvimento em temáticas socioambientais, esse é um momento muito importante, por novamente reafirmar o compromisso com a vida, permanecendo ao lado do povo.

O encontro encerra no domingo (11), com uma celebração eucarística as 11h, aberta ao público e com um almoço comunitário, onde todas e todos estão convidados a partilharem alimentos e celebrar a vida em comunhão.

Grupo de Trabalho Mineração da CNBB.

O Grupo de Trabalho sobre Mineração é um órgão de assessoria criado em 2016 pela Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil, para auxiliar a Igreja Católica em sua missão de solidariedade com as muitas comunidades que pedem ajuda por terem seus direitos violados a causa de empreendimentos mineiros.

Composto por leigos-as e religiosos especializados neste setor, é presidido por Dom Sebastião Duarte, bispo de Caxias (MA) e atua com diversas iniciativas de formação, denúncia das violações, busca de alternativas à mineração e mitigação dos impactos socioambientais provocados pelos grandes projetos extrativos.

Iglesias y Minería

A Rede ‘Igrejas e Mineração’ é um espaço ecumênico formado por comunidades cristãs da América Latina, equipes pastorais, congregações religiosas, grupos de reflexão teológica, leigas, leigos, bispos e pastores que buscam responder aos desafios dos impactos e violações dos direitos socioambientais provocados pelas atividades minerárias nos territórios.

Desde seu nascimento, em 2013, a Rede tem trabalhado para empoderar as Comunidades afetadas pela mineração; aprofundar e divulgar uma teologia e espiritualidade ecológica; comunicar as violações provocadas pela mega-mineração, a resistência das comunidades afetadas, assim como suas propostas e alternativas orientadas ao bem viver; dialogar com as Igrejas, em todos seus níveis hierárquicos, para incidir nas suas ações em defesa das comunidades e territórios afetados pela mineração.

Justiça nos Trilhos

Criada em 2007, Justiça nos Trilhos é uma organização que promove diversas atividades no sentido de problematizar junto à sociedade o modelo de desenvolvimento hegemônico, baseado na exploração desmedida dos bens naturais, imposto no Corredor de Carajás. Atua para exigir o respeito, a proteção e a efetivação de direitos humanos e da natureza frente as violações decorrentes da cadeia de mineração (estruturas logísticas, empreendimentos siderúrgicos, monocultivo de eucalipto, etc.).

Tem como missão institucional, fortalecer as comunidades ao longo do corredor Carajás e denunciar as violações aos direitos humanos e da natureza, responsabilizando a Vale e o Estado, prevenindo novas violações e reafirmando os modos de vida e a autonomia das comunidades nos seus territórios.

 

Publicação: Cassiana Barros
Assessora de Comunicação e PASCOM Diocesana
Fonte/Foto: Mikaell Carvalho
Justiça nos Trilhos

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